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Tópico: César Rovel no Valor Econômico
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28/04/14 - 16:57
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Mensagem por RODRIGO VELEJADOR
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28/04/2014 às 05h00

Automóvel de pulso

Por Maria da Paz Trefaut


Deia Gorayeb, sócia da ABC Capital Partners, acredita que o relógio é instrumento de trabalho. Por isso, nas reuniões de negócios, ela faz questão de exibir seu Panerai Luminor com pulseira cor de laranja. "Quando a gente está com um relógio desses, as pessoas notam e os comentários são sempre positivos. Acho que esses modelos ditos masculinos em outros tempos estão mudando de pulso", diz. Como ela, muitas mulheres já aderiram a modelos robustos por não se identificar com o design mais delicado proposto para o público feminino.

No mercado financeiro, por onde circula, o relógio é um símbolo inequívoco de status. Mas ela acredita que homens e mulheres olham para o objeto de maneira diferente. "Já usei Rolex, Breitling, Gucci, sempre nas versões masculinas. Nunca olhei para um relógio como joia. Percebo que os homens têm uma adoração pelo objeto e falam dele como a gente fala de sapatos."

O relógio é uma joia que pode ser usada sem risco de comprometer a elegância. Isso explica parte do fetiche que o objeto desperta. E justifica a multiplicação de marcas de alta relojoaria no Brasil, quando o horário está disponível a todo o momento, do celular ao tablet, do computador aos totens de rua.

"Os relógios são máquinas para o pulso, com design arrojado, tecnologia, inovação e milhares de complicações, que ainda por cima dão as horas", diz Stephanie Aubry, gerente da IWC Schaffausen no Brasil. Os relógios da IWC, produzidos na parte alemã da Suíça, custam em média R$ 35 mil no Brasil. "Nem por isso nossos clientes os compram para ver a hora. Isso eles fazem no iPhone ou no Blackberry".

Uma caminhada pelo shopping JK Iguatemi, em São Paulo, mostra como o universo dos relógios de luxo mudou nos últimos anos. Há alamedas que possuem uma sequência de lojas, de marcas quase desconhecidas até há pouco tempo. O Brasil, no entanto, nem figura no ranking de 2013 da Federação da Indústria Relojoeira Suíça (FHS), que lista os trinta países para onde é maior o volume exportado. Para medir o consumo nacional, porém, o número não deixa de ser relativo, pois exclui o contrabando e as compras feitas pelos brasileiros no exterior.

Em termos de comportamento, o brasileiro é visto como conservador. O Rolex ainda é visto como o suprassumo da relojoaria. Certas marcas, como Tag Heuer, que na Europa são a entrada no mercado de luxo, no Brasil têm posicionamento top por conta do preço. "Só agora o brasileiro está se abrindo para marcas mais inovadoras e sofisticadas. Estamos longe de ser um mercado maduro, com cultura relojoeira, que valoriza o artesanato dos grandes mestres", diz o estudioso César Rovel, do site Relógios&Relógios, ao voltar do Salão de Relojoaria de Basel, o maior do mundo, que aconteceu no final de março.

Entre o que viu, ele aponta como tendência relógios mais finos e de tamanhos mais clássicos. "Várias marcas, também, estão investindo em modelos mais acessíveis como forma de enfrentar a crise econômica global. Havia uma queixa generalizada pelo fato de as marcas se posicionarem sempre no alto, sem opções nos valores médios".

Rovel não acredita que os smartwatches (com acesso à internet), como Sony, o Moto 360 ou o aquele se especula que a Apple lançará, causem possam abalar a alta relojoaria. "Isso atinge os jovens, quem usa relógio barato e tem apreço a gadgets. É outro público."

Embora a China seja, hoje, o país responsável pelo volume na indústria relojoeira, em termos de reconhecimento, o "Swiss Made" continua a ser a grande referência de qualidade. Isso não impede que existam mestres relojoeiros em outras partes, como o inglês Roger Smith, que produz dez ou doze relógios por ano, na Ilha de Man. Na série standard da RW Smith Watches, os preços partem de 86 mil libras. São relógios que custam mais do que muitos automóveis de luxo.

Mas a compra por investimento nem sempre é o que move os colecionadores. "O relógio para mim é um deleite que me fascina por sua anatomia, formato, design e mecanismo", declara o empresário Mauro Jordão, presidente da Gift Fair. Na verdade, ele faz questão de dizer que não se considera colecionador e, sim, possuidor de um modesto acervo de 30 peças. "Tenho três prazeres: obras de arte, perfumes e relógios."

Parte da coleção fica guardada. Ele confessa que usa apenas a metade dos relógios que possui. "Deveria usá-los mais". Mesmo com essa parcimônia, já foi assaltado seis vezes. "Já me levaram seis Rolex. A cada vez, assim que pude, comprei um novo, igualzinho. É para minimizar a sensação da perda, entende?".

Ele considera estar alinhado com os melhores, e não necessariamente com os mais caros. Tem um Tissot, por exemplo, de tiragem especial cujo número 1 foi dado a Fernando Henrique Cardoso quando era presidente. Um Seiko feito com material usado pela Nasa. Um Omega do qual vieram apenas quatro exemplares para o Brasil. Patek Philippe possui três, o mais caro, estima, deve valer entre R$ 50 mil e R$ 60 mil. "Perco a noção."


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Leia mais em: http://www.valor.com.br/empresas/3525610/automovel-de-pulso

*Mensagem alterada pelo moderador rovel em 28/04/2014 17:48:52*
 
28/04/14 - 16:59
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Mensagem por RODRIGO VELEJADOR
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O Mauro Jordão citado na reportagem é destemido no extremo....seis rolex roubados....acho que eu já tinha desistido de ter rolex...hehehehehe...parabéns a ele pela persistência...
 
28/04/14 - 17:50
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Mensagem por rovel
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Muito obrigado Marcelo e Rodrigo!

Editei o post para facilitar a leitura do artigo.

Abraços,
César Rovel
 
28/04/14 - 19:35
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Mensagem por RODRIGO VELEJADOR
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Quote: Originalmente postado por rovel em 28/04/2014 17:50:57
Muito obrigado Marcelo e Rodrigo!

Editei o post para facilitar a leitura do artigo.

Abraços,
César Rovel




O Rovel obrigado por ter editado, pois depois que vi que ficou o espaço das fotos no texto...
Parabéns pela reportagem.
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