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FórumRelógios & Relógios

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14/09/12 - 15:07
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Mensagem por fabio
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Desculpe o texto longo. É que sou advogado, e advogado adora escrever. E quando me empolgo...

Bem, não sei se sou parâmetro de comparação, mas...

Eu, declaradamente, não gosto de carro. Não tenho nem pretendo ter. Acho estressante e sinceramente, se a civilização conseguisse abrir mão de seu uso, quase arrisco dizer que não faria a menor falta à humanidade. Vejo muita utilidade em caminhões, trens, ônibus, veículos de carga, aéreos...

Se um dia eu for rico, talvez tenha motorista, mas não gosto nem vou dirigir. Além do custo, perigos (assalto, acidentes, etc), com o trânsito caótico das cidades hoje em dia, prefiro não ter, que dá menos stress.

Só para contar umas de minhas histórias (nós temos de organizar um encontro do fórum, para tomar "umas", e eu lhes contar algumas de minhas histórias, umas tristes, outras engraçadas, outras nem tanto).

Por muitos anos eu me desloquei de ônibus para o trabalho (estava juntando $$ para os meus objetivos), e tinha como meta ler, na condução, pelo menos 10 páginas de meus livros, de Direito e outros. TODO DIA. Assim eu tornava produtivo aquele tempo dentro do coletivo. A mesma coisa em metrô, van de trasnporte alternativo, ônibus de viagem, etc. E olha que eu viajava muito (interestadual). Mas carro nunca me fez falta porque aprendi a viver bem sem ele.

Apesar de reconhecer que realmente andar de ônibus demora mais, pega-se ainda mais engarrafamentos, passa-se calor, um pouco de desconforto, eu conseguia tornar aquele tempo produtivo. E quanto ao tempo gasto, que é maior, bastava eu me programar, acordar bem mais cedo, por exemplo.

Teve uma época (essa é que é a história que ia contar) em que ia muito para o Centro do RJ (uma de minhas pós graduações). Saía da Barra da Tijuca. Eu acordava 05h da manhã, pegava o "179", ele chegava no Centro em 25 minutos (meus colegas que saíam às 07h, 07:30 chegavam às 09h xingando Deus e o mundo). Não tinha nada aberto a esta hora no centro do RJ e meu compromisso era às 08h. Então eu pagava uma academia (no SESC do centro, que inclusive era na cobertura de um prédio comercial, e com uma vista para a Baía de Guanabara de dar orgulho) e malhava lá enquanto via o sol nascer. Depois de 1 h de malhação mas ou menos, eu ia para uma lanchonete, sentava tomava um café da manhã, e ficava esperando dar a minha hora, estudando e lendo com "ear plug" (que eu adoro usar, pois eu me fecho no meu "mundo") no ouvido até dar a minha hora.

Estudava até de noite, porque tudo o que faço, procuro fazer da melhor forma possível. Se não der certo, pelo menos dei meu melhor. Ia embora quando dava umas 20:30, quando o trânsito já tinha desafogado e eu chegava em casa em uns 25 ou 30 minutos e não passava tanto calor nem pegava ônibus muito cheio. Ia lendo mais mais umas 10 páginas.

Para tudo tem solução.

Tá, felizmente eu não dependia de carro, os ônibus que pegava não eram abarrotados (só de vez em quando), e no RJ tem transporte coletivo (não é uma Brastemp, né, mas...).

Eu não tenho carro. Mas minha mulher tem, e ela é médica. Como atualmente moramos em São José dos Campos, e ela vai frequentemente a SP, e trabalha em vários empregos, ela diz que depende de carro. Mas eu consegui doutriná-la a guardá-lo na garagem na 6ª, e só pegá-lo novamente na 2ª. A gente anda muito de bicicleta, e só pega carro aos fins de semana quando precisa mesmo.
No meu caso, hoje em dia, eu costumo dizer que meu carro é minha bicicleta. Faço tudo com ela, mesmo em outros bairros. Faço deslocamentos diários de cerca de 20km tranquilamente.

Essa volta toda era pra dizer que eu não comparo carros com relógios. Lógico, relógio não é um gênero de 1ª necessidade, dá para viver sem. É que realmente eu gosto de relógios, porque todos têm um hobby.

Mas eu compraria um Rolex. Acho que não tem nada a ver uma coisa com a outra (carro x relógio). Só não usaria em qualquer lugar por razões óbvias. Acho que minha situação ainda não é de ostentar um Rolex. Minha mulher já quis me dar um Rolex, mas disse que não era hora, que havia outras coisas mais importantes para ela gastar $, embora quase tenha aceitado um "Pepsizinho" de presente. Não acho estranho o cara andar de Celta e usar um Breitling porque cada um tem as suas proridades. Nem acho estranho dirigir um Shelby GT 500 e usar um relógio "chinfrin". "Cada um" com seu "cada um".

É que hoje, o carro, tanto como o relógio virou um item de ostentação, e as pessoas gostam de comparar tudo com o carro que a pessoa dirige: "nossa, fulano mora mal, mas anda de Corolla", "sicrano mora em ipanema, mas anda de Uno", "beltrano usa relógio de ouro, mas dirige carro popular", "o outro lá reclama do salário mas anda de SUV"...

Só que carro é carro. Acho que não se faz comparação envolvendo carro. Sei lá...

Mas como eu disse, não sou parâmetro de comparação. Sou do tipo que sai de casa de bicicleta com Dockside no pé, calça branca de linho dobrada até a canela e camisa de botão, com um relójão no pulso (não em qualquer lugar), e assim vou a fórum, a shopping, a restaurante chique, a restaurante barato... Quando desço da bike, desdobro a calça (fica meio amassada na barra), dou uma abrida na camisa pra ventilar o suor... E acho super legal.

É isso.
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