ChopardGuia de Marcas
Fundada por Louis Ulysse Chopard em 1860, na pequena vila de Sonvilier, a Chopard pertence ao seleto grupo de marcas de relógio que podem legitimamente ostentar o título de Manufatura.
Além da produção de seus próprios movimentos, os calibres L.U.C., a Chopard destaca-se por ter relógios com o cobiçado Selo de Genebra, o que atesta a extrema qualidade de sua criações.
Além da produção de seus próprios movimentos, os calibres L.U.C., a Chopard destaca-se por ter relógios com o cobiçado Selo de Genebra, o que atesta a extrema qualidade de sua criações.
Site oficial: www.chopard.com
História
As origens da casa de Chopard
Ao longo dos cumes das montanhas do Jura Suíço, o vento sopra em rajadas poderosas. Os verões são curtos e os invernos severos. Antigamente, esta região ficava isolada das planícies por semanas a fio por causa da neve.
Durante os meses de inverno, os fazendeiros do Vallée de Joux se transformavam em relojoeiros, e o exercício desta segunda profissão explicava sua relativa riqueza bem como seu bom nível educacional. Inclinados sobre suas mesas de trabalho instaladas debaixo de janelas, suas mãos habilidosas meticulosamente cortavam as rodas dentadas e as pequenas espirais para os precisos relógios de bolso suíços. Eles também fabricavam e gravavam caixas, faziam pinhões e esmalte para decorar os mostradores.
Até 1830, os únicos tipos de relógios feitos aqui eram relógios com mecanismos de corda por chave, com balanço e caixa em prata, mais raramente em ouro. Os produtos acabados eram vendidos via "comptoirs" ou companhias de comércio. Na primavera, as últimas recolhiam os relógios para comercializá-los. É importante destacar que durante este período, os "comptoirs" já operavam em uma escala internacional.
Foi neste cenário que Louis Ulysse Chopard nasceu, em 4 de maio de 1836. Ele cresceu na pequena vila de Sonvilier. Os primeiros relojoeiros lá se estabeleceram em 1730, e seu pai Félicien trabalhava como relojoeiro de um certo nível. O jovem Louis Ulysse estabeleceu seu próprio negócio em 1860, aos 24 anos de idade.
O primeiro relógio Chopard
Infelizmente não há gráficos ou registros de vendas da empresa nos anos iniciais, então restam somente suposições relativas ao desenvolvimento da manufatura. O mais antigo relógio que sobreviveu até os dias de hoje atualmente é exibido no Museu Chopard, em Genebra. A assinatura "Chopard à Sonvilier" está pintada de maneira ornamental na superfície esmaltada do mostrador ligeiramente curvo.
O incrível crescimento desta região do Jura faz parte das lendas da história da economia suíça. Em 1818, Sonvilier tinha uma população de apenas 1.173 habitantes; em 1888, 7.557. A pequena cidade sozinha abrigava mais de 80 oficinas e manufaturas que produziam bases de movimentos ou relógios completos.
Uma ambiciosa profissão de fé
Para distingüir-se de seus competidores, Louis Ulysse Chopard decidiu focar na precisão e qualidade. Seu extremamente ambicioso objetivo era produzir nas oficinas L.U.C. nada menos que os mais precisos relógios já criados em Sonvilier. O mundo mudava rapidamente e os muitos pequenos relojoeiros que viviam nas remotas regiões do Jura estavam encontrando dificuldades em acompanhar este desenvolvimento. Os habitantes de Sonvilier e arredores continuavam a montar relógios com peças sob medida que não eram intercambiáveis. Estes relojoeiros perdiam espaço desde que a produção em série emergiu no Jura. Do início de século XX em diante, as empresas domésticas e pequenas oficinas começaram a desaparecer. Em 1901, 242 "fábricas", empregando cerca de 10.000 trabalhadores, produziam quase a metade dos relógios e componentes feitos na Suíça.
Na Corte dos Tzares
Louis Ulysse Chopard reagiu à sua maneira a esta revolução industrial, já que ele estava convicto de que haveria uma clientela para seus relógios precisos e confiáveis, produzidos no modo de um verdadeiro artesão. Ele portanto decidiu tentar sua sorte na Europa oriental. Em 1912, ele colocou suas mais finas criações em dois baús de viagem marrons e iniciou uma longa jornada através da Polônia, Hungria, países bálticos e Rússia. O ambicioso empreendimento teve grande sucesso. Em seu retorno a Sonvilier, seus baús estavam vazios e Louis Ulysse tinha a satisfação de saber que seus cronômetros marcavam os dias e as horas na corte do Tzar Nicolau II.
Este sucesso comercial permitiu-lhe prever expansão. Em 1920, pôs todas as suas ferramentas em grandes caixotes e mudou sua sede para Genebra. Há muitos anos, a cidade de Calvino já era a Meca da relojoaria de luxo e lá era fácil estabelecer contatos internacionais sem a necessidade de exaustivas viagens.
Enquanto para muitos relojoeiros o período entre as duas guerras mundiais foi de crise, desemprego e reestruturação, ele foi benéfico para os ultra-precisos cronômetros feitos por "Le Fils de L.U.Chopard". Naquela época, o filho de Louis Ulysse já havia assumido a companhia, que então empregava 150 pessoas.
Um momento decisivo
Em 1963, o neto do fundador, Paul-André Chopard, teve que tomar uma das mais sérias decisões de sua vida, aos 65 anos de idade. Nenhum de seus filhos mostrava qualquer interesse em assumir a direção da Chopard. O que ele deveria fazer? Abandonar a tradição familiar? Livrar-se da firma, ou vendê-la? Neste caso, para quem? Estas dolorosas questões povoaram suas noites sem sono até que, num belo dia, um jovem cidadão alemão chamado Karl Scheufele esteve em sua oficina e demonstrou interesse na companhia.
Neste ponto devemos retroceder algumas décadas. Na época em que o fundador da Chopard seguia a caminho da Rússia, um jovem ourives chamado Karl Scheufele, que vivia na pequena cidade de Birkenfeld, próxima a Pforzheim, na região da Floresta Negra alemã, também selcionava cuidadosamente suas criações e fazia as suas malas... Apenas o destino era diferente: ele se preparava para descobrir o Novo Mundo. Foi de sua sala em Nova Iorque que o jovem vendeu seus primeiros relógios-jóia para membros da alta sociedade americana. Como se poderia esperar de um país com inesgotáveis oportunidades, o jovem logo era convidado para todos os eventos sociais de prestígio.
Isto significava que a coleção de Karl Scheufele encontrou compradores em Nova Iorque tão rapidamente quanto os relógios de Louis Ulysse em Moscou.
Meio século havia se passado após estes eventos, quando os dois netos dos respectivos fundadores das empresas se encontraram pela primeira vez, em 1963, em Genebra. Ambas as firmas estavam em um momento decisivo em sua história. Chopard necessitava um sucessor financeiramente sólido e confiável para perpetuar sua marca, e Karl Scheufele buscava independência de fabricantes de movimentos com a aquisição de sua própria manufatura. Deste ponto de vista, era naturalmente essencial que tal empresa tivesse uma tradição compatível com a filosofia de qualidade mantida pelos joalheiros de Pforzheim, onde cada criação tinha o acabamento cuidadosamente finalizado à mão.
Karl Scheufele e Paul-André Chopard logo perceberam o quanto seus interesses convergiam. Pouco mais de 100 anos após a sua fundação, a manufatura de relógios "Le Petit-Fils de L.U.Chopard" foi assumida pela família Scheufele.
Uma escolha natural
A Casa de Chopard pertence a um círculo extremamente seleto de marcas de relógios suíças, que podem legitimamente reclamar o título de Manufaturas. A palavra com freqüência é usada livremente e o título usurpado. Ele significa que a empresa é capaz de fabricar seus próprios relógios mecânicos, graças às habilidades e talentos de seus relojoeiros, de engenheiros projetistas a ajustadores de precisão.
Para atingir tais altas demandas, a Chopard estabeleceu suas novas oficinas, nos anos 1990, na região do Jura, mais especificamente em Fleurier, no coração do Val-de-Travers. Esta escolha de local, simbolizando um retorno às raízes, foi tudo menos acidental, constituindo ao invés disso numa deliberada, lógica e justificada decisão.
A Manufatura Chopard
O primeiro relógio com o novo movimento automático L.U.C. 1.96, que recebeu como nome as iniciais do fundador da marca Louis-Ulysse Chopard, foi apresentado em 1997 e foi eleito "Relógio do Ano" na Suíça. Este lance inicial foi um grande sucesso, e desde então a Manufatura em Fleurier desenvolveu e pôs em produção de quatro outros movimentos originais, todos providos de um micro-rotor, incluindo um movimento com um duplo tambor e outro equipado com dois tambores duplos, perfazendo no total quetro tambores, assegurando uma autonomia de 9 dias. Em 2001, o primeiro movimento não circular com micro-rotor foi criado para um magnífico modelo em formato "tonneau" (tonel).
Ao longo dos cumes das montanhas do Jura Suíço, o vento sopra em rajadas poderosas. Os verões são curtos e os invernos severos. Antigamente, esta região ficava isolada das planícies por semanas a fio por causa da neve.
Durante os meses de inverno, os fazendeiros do Vallée de Joux se transformavam em relojoeiros, e o exercício desta segunda profissão explicava sua relativa riqueza bem como seu bom nível educacional. Inclinados sobre suas mesas de trabalho instaladas debaixo de janelas, suas mãos habilidosas meticulosamente cortavam as rodas dentadas e as pequenas espirais para os precisos relógios de bolso suíços. Eles também fabricavam e gravavam caixas, faziam pinhões e esmalte para decorar os mostradores.
Até 1830, os únicos tipos de relógios feitos aqui eram relógios com mecanismos de corda por chave, com balanço e caixa em prata, mais raramente em ouro. Os produtos acabados eram vendidos via "comptoirs" ou companhias de comércio. Na primavera, as últimas recolhiam os relógios para comercializá-los. É importante destacar que durante este período, os "comptoirs" já operavam em uma escala internacional.
Foi neste cenário que Louis Ulysse Chopard nasceu, em 4 de maio de 1836. Ele cresceu na pequena vila de Sonvilier. Os primeiros relojoeiros lá se estabeleceram em 1730, e seu pai Félicien trabalhava como relojoeiro de um certo nível. O jovem Louis Ulysse estabeleceu seu próprio negócio em 1860, aos 24 anos de idade.
O primeiro relógio Chopard
Infelizmente não há gráficos ou registros de vendas da empresa nos anos iniciais, então restam somente suposições relativas ao desenvolvimento da manufatura. O mais antigo relógio que sobreviveu até os dias de hoje atualmente é exibido no Museu Chopard, em Genebra. A assinatura "Chopard à Sonvilier" está pintada de maneira ornamental na superfície esmaltada do mostrador ligeiramente curvo.
O incrível crescimento desta região do Jura faz parte das lendas da história da economia suíça. Em 1818, Sonvilier tinha uma população de apenas 1.173 habitantes; em 1888, 7.557. A pequena cidade sozinha abrigava mais de 80 oficinas e manufaturas que produziam bases de movimentos ou relógios completos.
Uma ambiciosa profissão de fé
Para distingüir-se de seus competidores, Louis Ulysse Chopard decidiu focar na precisão e qualidade. Seu extremamente ambicioso objetivo era produzir nas oficinas L.U.C. nada menos que os mais precisos relógios já criados em Sonvilier. O mundo mudava rapidamente e os muitos pequenos relojoeiros que viviam nas remotas regiões do Jura estavam encontrando dificuldades em acompanhar este desenvolvimento. Os habitantes de Sonvilier e arredores continuavam a montar relógios com peças sob medida que não eram intercambiáveis. Estes relojoeiros perdiam espaço desde que a produção em série emergiu no Jura. Do início de século XX em diante, as empresas domésticas e pequenas oficinas começaram a desaparecer. Em 1901, 242 "fábricas", empregando cerca de 10.000 trabalhadores, produziam quase a metade dos relógios e componentes feitos na Suíça.
Na Corte dos Tzares
Louis Ulysse Chopard reagiu à sua maneira a esta revolução industrial, já que ele estava convicto de que haveria uma clientela para seus relógios precisos e confiáveis, produzidos no modo de um verdadeiro artesão. Ele portanto decidiu tentar sua sorte na Europa oriental. Em 1912, ele colocou suas mais finas criações em dois baús de viagem marrons e iniciou uma longa jornada através da Polônia, Hungria, países bálticos e Rússia. O ambicioso empreendimento teve grande sucesso. Em seu retorno a Sonvilier, seus baús estavam vazios e Louis Ulysse tinha a satisfação de saber que seus cronômetros marcavam os dias e as horas na corte do Tzar Nicolau II.
Este sucesso comercial permitiu-lhe prever expansão. Em 1920, pôs todas as suas ferramentas em grandes caixotes e mudou sua sede para Genebra. Há muitos anos, a cidade de Calvino já era a Meca da relojoaria de luxo e lá era fácil estabelecer contatos internacionais sem a necessidade de exaustivas viagens.
Enquanto para muitos relojoeiros o período entre as duas guerras mundiais foi de crise, desemprego e reestruturação, ele foi benéfico para os ultra-precisos cronômetros feitos por "Le Fils de L.U.Chopard". Naquela época, o filho de Louis Ulysse já havia assumido a companhia, que então empregava 150 pessoas.
Um momento decisivo
Em 1963, o neto do fundador, Paul-André Chopard, teve que tomar uma das mais sérias decisões de sua vida, aos 65 anos de idade. Nenhum de seus filhos mostrava qualquer interesse em assumir a direção da Chopard. O que ele deveria fazer? Abandonar a tradição familiar? Livrar-se da firma, ou vendê-la? Neste caso, para quem? Estas dolorosas questões povoaram suas noites sem sono até que, num belo dia, um jovem cidadão alemão chamado Karl Scheufele esteve em sua oficina e demonstrou interesse na companhia.
Neste ponto devemos retroceder algumas décadas. Na época em que o fundador da Chopard seguia a caminho da Rússia, um jovem ourives chamado Karl Scheufele, que vivia na pequena cidade de Birkenfeld, próxima a Pforzheim, na região da Floresta Negra alemã, também selcionava cuidadosamente suas criações e fazia as suas malas... Apenas o destino era diferente: ele se preparava para descobrir o Novo Mundo. Foi de sua sala em Nova Iorque que o jovem vendeu seus primeiros relógios-jóia para membros da alta sociedade americana. Como se poderia esperar de um país com inesgotáveis oportunidades, o jovem logo era convidado para todos os eventos sociais de prestígio.
Isto significava que a coleção de Karl Scheufele encontrou compradores em Nova Iorque tão rapidamente quanto os relógios de Louis Ulysse em Moscou.
Meio século havia se passado após estes eventos, quando os dois netos dos respectivos fundadores das empresas se encontraram pela primeira vez, em 1963, em Genebra. Ambas as firmas estavam em um momento decisivo em sua história. Chopard necessitava um sucessor financeiramente sólido e confiável para perpetuar sua marca, e Karl Scheufele buscava independência de fabricantes de movimentos com a aquisição de sua própria manufatura. Deste ponto de vista, era naturalmente essencial que tal empresa tivesse uma tradição compatível com a filosofia de qualidade mantida pelos joalheiros de Pforzheim, onde cada criação tinha o acabamento cuidadosamente finalizado à mão.
Karl Scheufele e Paul-André Chopard logo perceberam o quanto seus interesses convergiam. Pouco mais de 100 anos após a sua fundação, a manufatura de relógios "Le Petit-Fils de L.U.Chopard" foi assumida pela família Scheufele.
Uma escolha natural
A Casa de Chopard pertence a um círculo extremamente seleto de marcas de relógios suíças, que podem legitimamente reclamar o título de Manufaturas. A palavra com freqüência é usada livremente e o título usurpado. Ele significa que a empresa é capaz de fabricar seus próprios relógios mecânicos, graças às habilidades e talentos de seus relojoeiros, de engenheiros projetistas a ajustadores de precisão.
Para atingir tais altas demandas, a Chopard estabeleceu suas novas oficinas, nos anos 1990, na região do Jura, mais especificamente em Fleurier, no coração do Val-de-Travers. Esta escolha de local, simbolizando um retorno às raízes, foi tudo menos acidental, constituindo ao invés disso numa deliberada, lógica e justificada decisão.
A Manufatura Chopard
O primeiro relógio com o novo movimento automático L.U.C. 1.96, que recebeu como nome as iniciais do fundador da marca Louis-Ulysse Chopard, foi apresentado em 1997 e foi eleito "Relógio do Ano" na Suíça. Este lance inicial foi um grande sucesso, e desde então a Manufatura em Fleurier desenvolveu e pôs em produção de quatro outros movimentos originais, todos providos de um micro-rotor, incluindo um movimento com um duplo tambor e outro equipado com dois tambores duplos, perfazendo no total quetro tambores, assegurando uma autonomia de 9 dias. Em 2001, o primeiro movimento não circular com micro-rotor foi criado para um magnífico modelo em formato "tonneau" (tonel).
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